Aretha Duarte iniciou mais uma parte da missão rumo ao topo do Monte Everest. Depois de cumprir a quarentena em Kathmandu, capital do Nepal, a montanhista de Campinas começou a trilha de nove dias que leva ao chamado Campo Base do Everest.
Aretha desembarcou na capital Kathmandu no dia 2 de abril, um dia depois de partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A partir daí, conforme determina o protocolo sanitário local de prevenção à propagação do coronavírus, a montanhista de Campinas (SP) passou cinco dias na cidade para, além de obedecer à quarentena obrigatória, comprar mais alguns equipamentos e se adaptar ao fuso horário (8h45 à frente do horário de Brasília).
Liberada, Aretha partiu de Kathmandu na última terça-feira (quarta-feira pelo horário local) com destino a Lukla, onde pousou pela manhã e iniciou a caminhada pela trilha, que ao todo deve durar dez dias. A primeira parte da trilha rendeu quatro horas e 11 km de caminhada até o vilarejo de Monjo.
Segundo a equipe da montanhista, a escalada ao Everest, com 8.840 metros de subida, será feita em etapas: do Campo Base ao Campo 1; do Campo 1 ao Campo 2; do Campo 2 ao Campo 3; do Campo 3 ao Campo 4; e do Campo 4 ao cume.
Cada etapa deve durar cerca de um dia e é necessária para que o corpo fique aclimatado e adaptado.
Última etapa do sonho
Para tornar real o sonho de escalar o Monte Everest, Aretha Duarte recolheu 130 toneladas de lixo reciclável das ruas, que a ajudaram a financiar parte dos quase R$ 400 mil – a atleta teve outras iniciativas como brechós, leilões online e vendas de camisetas sustentáveis, além de captar patrocinadores e apoiadores.
A preparação física de Aretha durou cerca de um ano para aguentar o ar rarefeito, temperaturas negativas e ventos de mais de 300 quilômetros por hora. O desafio requer disciplina e treinos intensos de resistência.
A montanhista já escalou cinco vezes o Monte Aconcágua, na Argentina, o mais alto das Américas, a quase 7 mil metros de altitude, e também já esteve em Venezuela, Bolívia, Equador, África e Rússia como guia de expedições.
Com informações do G1
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