Durante o exercício, os músculos demandam substâncias como glicose e oxigênio. E a água ajuda a transportá-los.
Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriram que a falta de preparo físico não seria a única razão pela qual muitas pessoas chegam a fadiga antes da hora. Depois de observar voluntários sob várias condições adversas e reunir uma série de dados, eles concluem em um estudo recente que um dos maiores contribuintes para a fadiga precoce é a desidratação.
Quando nos exercitamos, existe uma boa demanda dos músculos por substâncias como glicose e oxigênio. E a água ajuda a transportá-los, explicam os especialistas. Com pouca H2O disponível esses materiais têm dificuldade para chegar ao seu destino e, assim, falta energia para as pernas se movimentarem, por exemplo.
Essa desidratação local afeta a vinda de nutrientes essenciais à construção das fibras musculares, a exemplo da proteína. Aliás, até essas estruturas também são compostas de água. Privar-se dela, portanto, é ficar sem matéria-prima para formar mais fibras. Outro motivo para a recuperação ficar lenta quando o “tanque” está vazio.
O músculo depende de determinados sais minerais e água para realizar toda e qualquer contração. A precisão e a suavidade do movimento diminuem significativamente se o indivíduo não bebe o suficiente. Isso, por si só, já aumenta a probabilidade de uma lesão, alertam os estudiosos.
Para piorar, reservas aquosas abaixo da necessidade mexem inclusive com o desempenho do cérebro. Os sinais enviados por ele para comandar determinada ação, como levantar uma barra ou chutar uma bola perde qualidade.
Sobre o quanto devemos ingerir, o senso comum prega que se aja de acordo com os sinais do corpo. Em outras palavras, esvaziar a garrafinha no momento em que a boca ficar seca. Mas hoje existem pesquisas revelando que o estágio de desidratação já se encontra avançado quando a pessoa percebe a sede.
Os profissionais que trabalham com atividade física são unânimes, a hidratação deve ser individualizada, até porque há quem transpire mais do que outros ou viva em um local frio, onde naturalmente se sua pouco. Daí que os especialistas muitas vezes preferem recorrer a uma conta matemática simples, subtrair o peso corporal antes do exercício pelo obtido ao término dele. O saldo final é o tanto de água que precisa ser tomada ao longo da ralação seguinte.
Infelizmente, não dá para só encher a barriga d’água antes de correr. O sistema digestivo não consegue funcionar com um volume grande de líquidos e, inchado, causa desconforto, explica os especialistas. Lançar mão de um cantil e dar uns bons goles a cada 15 minutos costuma resolver a questão. Bem hidratado, seu corpo e seu desempenho vão longe.
Hidratação é uma questão muito importante para quem pratica atividades físicas, por isso procure se informar e se orientar com profissionais das áreas envolvidas, para que consiga melhorar seu desempenho e proteger sua saúde.